DIRETORES ASSOCIADOS

Angela Pieruccini
pieruccini@parceiros-consulting.com
Emmanual Gavache
gavache@parceiros-consulting.com

quarta-feira, abril 10, 2013

Poemas

VASCO GATO, in A PRISÃO E PAIXÃO DE EGON SCHIELE (& etc, 2005) 25 Minha gaveta arrancada e jogada ao chão, meu lápis afiado na lâmina quente da paisagem, medina em que me perco in- definidamente, meu cristal negro a rutilar na boca, meu mais secreto alfabeto de que sei apenas três palavras. Traz-me o mel doa teus cabelos derretidos. Vamos ser a chave e o cofre e a combinação esquecida ou o altar virgem de uma religião animal. Vamos fotografar-nos toda a noite no flash brutal da nudez. * Óleo s/ tela: Angle of repose, por ©Hyatt Moore * (LT

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

DONOS DA GUERRA VOLUME II, BBB 12: BARRADOS NO BAILE


BBB 12: BARRADOS NO BAILE

Se a tarde de sexta (27) dentro da casa do BBB foi tranquila, não se pode dizer o mesmo do lado de fora: internautas espalharam pelas redes sociais três vídeos, nos quais Ronaldo e Renata, que vivem  uma "amizade colorida dentro da casa, estariam  fazendo sexo. Nos três vídeos, gravados durante os últimos dias, o casal é mostrado deitado na cama, olhando para a câmera e calados. Em um deles, as luzes do quarto Selva estão acesas, outros participantes percebem o clima que está se formando entre os dois e deixam o quarto.
A seguir, Renata vai para baixo do edredon, formando uma "cabaninha" com as pernas dobradas de Ronaldo, que fica sempre com a cabeça para fora, sugerindo que ela estivesse fazendo sexo oral nele. Em outro vídeo, Renata aparece olhando desconfiada para as possíveis câmeras ocultas do quarto e reclamando da "potência" dos microfones. Cenas de sexo não são novidade no BBB: desde a segunda edição. Regularmente, os participantes acabam cedendo à tentação e conseguem saciar seus instintos. No BBB 10, inclusive, houve uma cena de suposto sexo oral idêntica à atual, com os participantes Tessália e Michel, que inclusive rendeu uma alusão ao fato na capa da Playboy, quando ela aparecia segurando uma mangueira sensualmente perto da boca”.

Atenção, estamos falando de um horário nobre, completamente acessível a menores de idade.

Essa descrição acima em negrito seria uma nova série pornográfica, destinada ao público do gênero? Ou um filme confinado em salas diretamente identificadas como cine X?

Não, trata-se da décima segunda edição do projeto global Big Brother Brasil, transmitido em horário nobre e  extensamente detalhado na televisão por assinatura, durante o dia inteiro.Ou seja, aberto a todas faixas etárias. No entanto, este não seria o maior problema, uma vez que cabe à família, e não ao governo ou emissoras privadas, proteger suas crianças de programas ridículos e de baixo nível como este, auto-denominado “reality-show”. Onde todos são acompanhados constantemente por câmaras e microfones, até mesmo nos banheiros.

Porque ridículo e de baixo nível? Certamente não por falar sobre questões sexuais, mas sim pela forma de abordar as mesmas(linguagem extremamente vulgar) e pelo próprio conceito ideológico em si mesmo. Participantes confinados em uma casa durante 3 meses, submetidos à maior exposição possível e até situações de humilhação,incentivados à competição predatória entre si, pelo prêmio final de um milhão de reais. Mais que isso, manipulados pelo diretor Boninho, através de ordens e contra-ordens pelo microfone individual de cada um, de acordo com os números da audiência. Quando esta baixa, alguém certamente receberá um comando para provocar uma discussão, protagonizar um episódio sexual, ou qualquer coisa que possa levantar os números do deus chamado IBOPE.

Porém, nem sempre seres humanos funcionam roboticamente, via controle remoto. Talvez o BBB 12 marque o final deste suicídio ético e moral, através da retirada do modelo Daniel, acusado de estuprar a estudante Monique, quando aparentemente esta encontrava-se totalmente alcoolizada e inconsciente. Apesar dela ter negado esta ocorrência, de acordo com o artigo 225 da lei 8.072, que trata de crimes hediondos,quando uma pessoa se encontra em situação vulnerável, a ação criminal pode ser feita mesmo sem o consentimento da vítima. E nesse caso as denúncias foram feitas nacionalmente via ONGs e telefones, por inúmeras pessoas que assistiam a cena, provocando imediatamente a intervenção do Ministério e da polícia, que entrou via mandato judicial na casa, recolhendo provas periciais. Dois dias depois.

Assim, o inquérito segue sem manifestação de Monique. Em caso de estupros desse estilo, a vítima não é qualificada para dar queixa ou não.Trata-se de ação penal pública incondicional. Dessa forma, mesmo o famoso Boninho ordenando silêncio total aos demais, a toda-poderosa Rede Globo e sua grade de programação estará sendo também julgada, não somente o suposto estuprador( selecionado, sem esquecermos, entre milhares de candidatos). O grande selecionador? Outra vez Boninho.

GRAVES PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

- Porque Monique negou-se à realização do exame de corpo de delito? Teria recebido ameaças internas? Existem multas altíssimas para participantes considerados “rebeldes”. Porque a família não exigiu sua imediata retirada da Casa? A que se deve este total silêncio e omissão?

- Em caso comprovatório de ato sexual cometido contra alguém inconsciente, a equipe global, incluindo diretor, apresentador, etc...será julgada por omissão de socorro? Todos assistiam ao vivo, e os telefonemas imediatos foram do público e organizações em defesa da mulher. Nenhuma ação da equipe técnica, absolutamente nenhuma. A pressão popular obrigou o acionamento do inquérito pela Ministra. Aliás, o comentário do jornalista e apresentador Pedro Bial, diante do vídeo, foi: “como o amor é lindo”. Antes, ele cobria a queda do muro de Berlin. Hoje, ele acha lindo um possível estupro em cadeia nacional. 

- Entidades jornalísticas, diante de um fato gravíssimo como esse, pois Bial estava vendo a moça inconsciente, porque não mamifestaram  nenhuma advertência ao colega? A declarada liberdade de imprensa termina na porta dos estúdios globais?

- Porque Daniel recusou os advogados da Rede Globo e contratou seus próprios defensores? Será que ele vai contar a verdade? E a verdade não seria um estímulo para seus atos, visando exatamente uma subida vertiginosa do IBOPE? Se essa for a verdade, caberia a interdição da emissora. Quem teria esta coragem?

- No depoimento, ele já assumiu não ter conseguido manter a ereção pelo abuso de álcool. Então a intenção era clara. Os resultados da perícia ainda não foram divulgados, porém essa admissão já configura o clima estabelecido.

- E a parte do povo que defendeu Daniel, justificando que ela estava alcoolizada por vontade própria? Que poderia "merecer" essa invasão? Que valores temos enquanto sociedade civil?? O estado da vítima justifica atos de violência? Assim pais podem espancar filhos"indisciplinados" quase até sua morte?

E NÓS, CIDADÃOS BRASILEIROS?

Nós que estudamos em universidades famosas, estudamos dez idiomas e seguimos com trinta MBAs?
Somos muito responsáveis por isso, como cidadãos brasileiros e como pessoas humanas. A nós cabe exigir o fim do lixo que contamina ética e moralmente nossa sociedade. Nem sempre os donos da guerra fumam crack, moram em favelas ou usam colarinho branco. 

Muitas vezes estão na mídia como estrelas,  fashion style e nomes tradicionais. Mas seu poder também é letal e corrosivo.

O BBB é um lixo, e como se viu, potencialmente perigoso. Não é difícil acabar com ele. Basta apenas um click.

CLICK , CLICK, CLICK

THE END, BONINHO, THE END BIAL, THE END VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA.




sexta-feira, dezembro 30, 2011

CULTURA: COMPREENDER PARA SER AGENTE DE MUDANÇAS


A cultura do estado presente no comercial da sua cerveja. 
O Rio Grande do Sul é fora do Brasil?? 
Vamos ver.




Novamente o reforço da imagem : Ser Gaúcho e honrar suas tradições(elementos culturais)






Polar é daqui, representa uma maneira inteligente da empresa, embora no fio da navalha dos preconceitos culturais, aproveitar-se de elementos da cultura gaúcha para venda do seu produto.






Polar "no export", outra maneira inteligente de transformar a limitação de uma marca regional , em vantagem competitiva no seu nicho cultural.




Na mesma linha, o reforço das expressões típicas do gaúcho.




A conclusão é muito clara. Aqui são exemplos exagerados de elementos culturais, propositadamente para uso comercial, porém sem dúvida presentes no inconsciente coletivo do povo gaúcho.
Dessa forma, ao transferirmos isso para dentro das organizações, os elementos culturais da mesma estão presentes com a mesma força. E, se antes de tudo, não realizarmos sua compreensão, jamais poderemos contribuir para uma mudança corporativa. Vamos apenas brincar com confete, serpentina e fantasia.

sexta-feira, novembro 25, 2011

SOCIOLOGIA NA PROPAGANDA: COMERCIAIS NOTA 10



A grande diferença entre os universos masculino e feminino. Sociologicamente instrutivo.




Quais sãos os valores do nosso mundo hoje?? Este comercial é absolutamente claro.








Um jeito criativo de proteger e mostrar os problemas de saúde decorrentes.




Politicamente incorreto e absolutamente verdadeiro.




Todos os nossos preconceitos, não???

sexta-feira, agosto 12, 2011

ERA UMA VEZ CRIATIVIDADE....



O PRIMEIRO SUTIÃ A GENTE NÃO ESQUECE
VALISÈRE


                             


                           


                           


A SUKITA E O TIO, ATÉ A HORA DA VINGANÇA


                            
                           
O GAROTO DO BOMBRIL


                           
CASAMENTO E SKOL


                           
NÃO ESQUEÇA A MINHA CALOI
                           

segunda-feira, julho 25, 2011

Les leçons du retour réussi d'Apple, la pomme innovante





Mercredi 20 octobre, Apple présentait ses résultats annuels 2009-2010 et affichait une réussite impressionnante. La firme à la pomme nous donne ici l'occasion de puiser un peu d'optimisme ainsi que des leçons importantes sur ce qu'est une innovation réussie.
Elle nous montre d'abord que rien n'est écrit pour toujours, qu'on peut en un temps court retourner des situations difficiles et faire mentir les pronostics fatalistes. En effet, souvenons-nous, il y a seulement dix ans, c'était plutôt un pessimisme général qui régnait sur le futur d'Apple. On la jugeait :
  • trop petite : l'époque était aux méga fusions, à la recherche de la plus grande taille pour devenir un « acteur global » ;
  • trop vieux jeu, produisant des équipements, du hardware alors que l'avenir semblait promis à Internet, à l'immatériel, autour des leaders Google et Microsoft ;
  • trop fermée technologiquement : une logique de systèmes propriétaires volontairement incompatibles avec le reste du monde.
Face à la vague supposée irrésistible du Web, des PC, des services numériques, de l'« open innovation », du logiciel libre, ou de la gratuité, Apple semblait condamnée à vivoter comme entreprise de niche, genre Bentley ou Rolls-Royce, réservée aux passionnés de la marque et à quelques utilisateurs fidélisés par des applications spécifiques.
Depuis, déjouant ces augures, il y a eu l'iPod, puis l'iPhone et enfin cette année l'iPad, autant de succès planétaires et foudroyants, et des dizaines de millions d'exemplaires écoulés au total en quelques années. Résultat : Apple, dont les ventes ont longtemps stagné autour de 1-2 millions d'ordinateurs par an, a commercialisé, au cours du seul dernier trimestre, plus de 31 millions d'appareils (14 millions d'iPhone, 9 millions d'iPod, 4 millions d'iPad et 4 millions de Mac).
Son chiffre d'affaires a symboliquement dépassé pour la première fois celui du grand rival Microsoft. Encore plus remarquable, cette croissance commerciale (les ventes ont presque triplé en trois ans) ne se fait pas au détriment des résultats, puisque la rentabilité nette de 21,5% dans un secteur manufacturier (équipements électroniques) ferait rougir les habituels champions des profits (banques, pharmacie, pétrole).

Quels enseignements tirer du retour réussi d'Apple ?

Tout le monde le répète : le modèle économique d'Apple est construit autour del'innovation. Cela fournit l'occasion d'approfondir cette notion souvent confuse et de préciser autour de ce cas particulier quatre facteurs d'une stratégie d'innovation réussie dans un pays industriel historique, qui sont autant de leçons concrètes à méditer pour les entreprises et les pouvoirs publics en France et en Europe.
1

L'utilité inédite offerte aux consommateurs

La technologie est une condition nécessaire mais l'essentiel de l'offre innovante tient à l'utilité inédite offerte au consommateurs, aux possibilités ou usages nouveaux proposés, l'ergonomie de l'appareil, la simplicité d'utilisation, son caractère intuitif (menus, visualisation, écran tactile…).
Autant d'éléments à la fois différenciant, incarnant matériellement la « qualité » supérieure du produit, et fournissant enfin le support des messages de publicité et le marketing du produit.

2La création de nouveaux marchés

Plus que de viser des niches, le cœur de la stratégie d'Apple est de créer de nouveaux marchés, dans une logique industrielle, c'est-à-dire par la mise au point puis la diffusion d'un standard. Par exemple, aujourd'hui, le format iPod/iTunes est devenu le standard de la musique numérique.
Pour défendre ce standard, inévitablement menacé par des copies et l'entrée de nouveaux offreurs, des logiques propriétaires fermées sont mises en œuvre.
Ce dernier choix est donc ni archaïque, ni le produit d'intentions machiavéliques, mais bien une composante critique de la cohérence de ce modèle d'innovation.

3La rupture avec la logique de low-cost

Les utilités offertes permettent de proposer des produits de qualité, de haut de gamme, à des prix plus élevés que la moyenne du marché. Ce choix de tarification est en rupture fondamentale avec la logique de baisse des coûts, de low-cost, qui a dominé l'ajustement industriel dans notre pays (essentiellement par la réduction de la main d'œuvre).
L'objectif est ici au contraire de viser des prix (et des marges) élevés par la valorisation (monétaire) de la nouveauté, du confort, de la qualité du produit pour le consommateur. Et si l'offre est véritablement nouvelle, séduisante, attractive, alors le marché peut s'élargir au-delà de la simple niche pour devenir un débouché important du marché.
En France, les smartphones représentent désormais 16% des mobiles et ce segment enregistre la plus forte croissance au sein du marché.

4L'innovation organisée autour d'un produit

Enfin, Apple nous rappelle opportunément que l'innovation reste quand même souvent associée à un produit, un objet qui matérialise concrètement les avantages et nouveautés proposées.
Cet exemple démontre qu'innover dans la production manufacturière et pour un marché de grande consommation (l'électronique grand public) est possible, sous certaines conditions, la première étant de ne pas dissocier la production dans la chaîne de valeur comme une étape basique à sous-traiter à moindre coût.
Car, même si Apple produit très peu par lui-même et sur le sol américain, toutes les activités à valeur ajoutée et source d'emplois comme la conception, le design, la qualité, la logistique, la commercialisation, le marketing, sont organisées, orientées autour du produit. Le maillon productif (même externalisé ou importé) demeure au cœur de la logique et de la réussite industrielle.
www.rue89.com