DIRETORES ASSOCIADOS

Angela Pieruccini
pieruccini@parceiros-consulting.com
Emmanual Gavache
gavache@parceiros-consulting.com

domingo, dezembro 19, 2010

RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS E AS ETAPAS DO GRUPO: A TEORIA DE WILL SCHUTZ

Will Schutz, ao longo de quase 30 anos, desenvolveu uma abordagem do desenvolvimento do ser humano considerando três dimensões do comportamento: Inclusão, Controle e Abertura:

1 Inclusão

Relaciona-se com associação, ou melhor, pessoas estarem cercadas de pessoas. É a necessidade de obter a atenção dos outros, interagir, de pertencer, de ser único. Ser único significa que o outro está interessado ‘em mim’ o suficiente para descobrir quem sou eu. Inclusão relaciona-se com a preocupação em ser proeminente (estar em destaque no sentido de ser importante, mais do que dominação).

Por exemplo, de um lado existem pessoas do tipo animado, que gostam de festas, de fazer atividades em grupo, de iniciar conversas com estranhos. Por outro lado existem pessoas que preferem ficar sozinhas, são mais reservadas, raramente começam conversas e evitam festas.
Inclusão envolve a quantidade de interação que duas pessoas querem ter entre si, assim como a decisão no que se refere à manutenção ou não desse contato.

Em relação ao grupo, a fase de inclusão começa com a formação do mesmo. A primeira decisão é se a pessoa deseja fazer parte, se quer estar fora ou dentro, sentir se estão prestando atenção nela ou se esta fora e sendo ignorada (Quem me inclui, me chama para estar no grupo?). E se é importante neste grupo.
Convém ressaltar que se ela ficarr muito ansiosa a respeito disso, pode começar por falar demais, se omitir ou se exibir.
O comportamento em relação à inclusão é em função de dois aspectos: o racional e o defensivo
O racional representa uma preferência para ter contato com pessoas. O defensivo representa a ansiedade em relação à inclusão. O racional é flexível e pode se adaptar à situação – evento. O defensivo é rígido – isto é, ele não varia conforme situação / evento e resulta em comportamentos inadequados.
Somos uma mistura do racional e do defensivo, dependendo de como nos sentimos em relação a nós mesmos, isto é, quanto maior nossa auto-estima e autoconhecimento, mais facilmente o lado racional poderá assumir.
Partindo, então desses pressupostos, podemos apresentar três tipos de ’pessoas’:
1. Pessoa Subsocial – Tem medo de ser ignorada, não se arriscando em consequência desse medo. Prefere ficar só. Tem baixa inclusão.
2. Pessoa Supersocial – Também tem medo de ser ignorada, porém adota um comportamento oposto ao subsocial – Apesar de ninguém estar interessado nela, vai forçar os outros a prestar atenção em si de alguma maneira..
3. Pessoa Social – É a pessoa que sente-se bem em grupo, assim como quando esta sozinha.

2 Controle

Controle refere-se à relação de poder, influência e autoridade entre as pessoas. Relaciona-se à obtenção da quantidade de controle que a pessoa exerce. Há pessoas que gostam de liderar, dar ordens e tomar decisões. Outros não gostam, procurando assumir posições em que não tenham responsabilidades.
Em um debate, se a pessoa busca controle, quer dominar, ser a vencedora ou pelo menos estar do lado vencedor.
Se a pessoa é forçada a escolher, aquele que busca inclusão prefere ser um participante que perde ou fica com quem perdeu, aquele que busca controle prefere ser um vencedor solitário.
Dessa maneira, podemos dizer que comportamentos de controle não requerem proeminência, e comportamentos de inclusão não requerem dominância.
Comportamentos de controle podem ser manifestados por meio de uma resistência da pessoa em ser controlada. Expressões de independência e rebelião (revolta) indicam resistência. Complacência, submissão e facilidade em obedecer indicam aceitação quanto a ser controlado.
Nós podemos controlar e sermos controlados. Nós podemos preferir controlar a sermos controlados. Nós podemos preferir uma estrutura de poder na qual ninguém dá ordem para ninguém. Nós podemos preferir seguir ordens e sermos relutantes em dar ordens.
As questões de controle estão relacionadas com o grau de confrontação na relação. As típicas interações no contexto de controle envolvem confrontação ou evitação do confronto.
Algumas vezes, um colaborador prefere ser o “poder por trás do trono” satisfazendo simultaneamente a necessidade de controle e baixa inclusão, outra situação é o do bobo da corte, que satisfaz sua necessidade de alta inclusão e baixo controle.
Podemos notar que problemas de controle surgem após o grupo compor-se e as afinidades começarem a ser desenvolvidas. Nesta etapa as principais demandas no grupo passam a ser luta pelo poder, competição (pela liderança, métodos do processo de tomadas de decisão, distribuição do poder), busca ou assunção de diferentes papéis (líder, ajudador, animador, conciliador, opositor). As preocupações são em relação a ter muita ou pouca responsabilidade. O objetivo de cada membro é ter tanto poder e influência até atingir o seu nível de conforto. A pessoa procura situar-se entre um estado de impotência ao de estar sobrecarregado de responsabilidade.
Will Schutz é incisivo nas suas afirmações quando coloca que a parte racional tem preferência por um certo controle da própria vida, a defensiva tem origem no medo de ser fraco (não poder sustentar-se – ajudar a si mesmo) ou de ficar sobrecarregado com responsabilidades. A parte racional é flexível e pode adaptar-se à situação, a defensiva é rígida, indiferentemente as circunstâncias. Quanto maior é o autoconceito e auto-estima, mais o comportamento é racional e não defensivo.

Levando em conta o controle podemos agrupar as pessoas em:
1. Pessoa Abdicrata – (Rígido em baixo controle) a pessoa abdica do seu poder. Adota uma posição subordinada, na qual os outros não esperam que ela assuma responsabilidades, tome decisões; ao contrário, ela quer que os outros aliviem suas obrigações, não controlando os demais, nem quando isto é apropriado. Quando ela é o chefe, não faz o que é necessário para corrigir aquilo que não está funcionando bem. Ela atrasa, procrastina. Ela nunca toma uma decisão que a faça subir, e a responsabilidade nunca fica com ela.
2. Pessoa Autocrata – (Rígido em alto controle) é a pessoa que domina nos extremos. Seu método direto é buscar poder e competir. Tem medo que os outros dominem e não sejam influenciados por ela.
Seu sentimento básico é o mesmo do abdicrata: Não ser capaz
Para compensar este sentimento fica tentando provar que é capaz, o que resulta em assumir muitas responsabilidades e freqüentemente se desgastar. Seu método indireto para obter controle é: ser astuto, manhoso, sedutor.
3. Pessoa democrata. Quando na infância a pessoa resolveu com sucesso as questões relacionadas ao controle, sentindo-se confortável dando ou não comandos, recebendo ou não comandos. Ela não tem medos sobre a sua estupidez ou incompetência. Sente-se competente e confia em que os outros sentem que ela pode tomar decisões.

3 Abertura.

A terceira dimensão do comportamento humano é a ‘abertura’, isto é, quanto a pessoa está disposta a ser ‘aberta’ com o outro. A abertura varia ao longo do tempo, entre os indivíduos e nos relacionamentos.
Algumas vezes, as pessoas gostam de uma relação em que possam dividir seus sentimentos, seus segredos e pensamentos íntimos e por isso necessitam alguém para seu confidente. Outros evitam abrir-se com qualquer pessoa. Preferem manter relações mais impessoais, tendo conhecidos em vez de amigos próximos, ou seja, as pessoas manifestam tanto desejo de relacionamentos mais abertos como de privacidade.
A abertura é construída com base em vínculos mais profundos, portanto, usualmente é a última fase a emergir em um relacionamento entre as pessoas ou em um grupo. Com a evolução da relação, a abertura terá a ver com o quanto as pessoas vão ser transparentes umas com as outras.
Assim como na Inclusão e Controle, a Abertura tem dois aspectos: o racional e o defensivo. O racional resulta da preferência de uma certa quantidade de abertura que a pessoa quer ter. O defensivo resulta do medo de ser muito aberto e ficar vulnerável a ser rejeitado ou não amado. Quando a pessoa é flexível e racional, pode adaptar-se a diferentes situações, quando ela é rígida e defensiva, reage sempre da mesma maneira em qualquer circunstância. Cada pessoa é uma mistura do racional e do defensivo, dependendo de como ela se sente em relação a si. Quanto pior ela se vê em relação a si mesma, mais defensiva ela é.

Também neste caso podemos destacar três tipos de pessoas:

1. Pessoa impessoal. É quando a pessoa se relaciona de forma impessoal (rígida em baixa abertura, defendendo-se), ela evita revelar-se para os outros. Mantém relações superficiais, distantes e fica mais confortável quando as pessoas fazem o mesmo. Mantém uma distância emocional e não se envolve verdadeiramente. Tem medo de que ninguém goste dela, e se antecipa. Ela possui grande dificuldade de gostar genuinamente das pessoas e não acredita nos sentimentos que elas têm em relação a sua pessoa. A atitude inconsciente é: como a abertura em sua vida levou-a a ter experiências muito dolorosas, procura evitar esta dor, não se ‘abrindo’ novamente.
A técnica direta é evitar proximidade, sendo antagônico, e rejeitando, se necessário. A técnica sutil é ser superficialmente amigável com todos, procurando ter popularidade que funcione como uma proteção contra ser aberto.
2. Pessoa Super Pessoal. Quando se relaciona de forma excessivamente pessoal (rígida em alta abertura, pela defensividade) ela conta para todos seus sentimentos, e quer que todos sejam abertos com ela. O sentimento inconsciente é: a primeira experiência com ‘abertura’ foi muito dolorida, mas se tentar muitas vezes ela poderá se tornar melhor. Ser gostado é essencial, portanto a sua técnica direta é tentar obter aprovação sendo extremamente pessoal, insinuante e confidente. A técnica sutil é manipulativa, possessiva e punitiva, caso seus amigos tentem estabelecer novas amizades.
3. Pessoal. Quando se relaciona de forma pessoal (utiliza a abertura de forma adequada) e tem suas questões relacionadas com abertura bem resolvidas na infância, o seu nível de abertura com os outros é flexível. A pessoa fica confortável em uma relação próxima e também em situações que requeiram distância. A pessoa sente-se confortável dando ou recebendo afeto, gosta de ser gostada, mas se não o é, pode aceitar isso significando simplesmente que alguém não gosta dela, não generalizando e cncluindo que não é amada por ninguém.
Nestas três dimensões cada pessoa tem uma posição de conforto, isto é, escolhe um comportamento entre dois extremos: baixo ou alto / pouco ou muito. De acordo como a pessoa se comporta, se sente em relação a si mesma, essa posição de conforto tem sua fonte:
-      Na auto-inclusão (estar vivo), autodeterminação e autoconsciência. Na forma como a pessoa se comporta em relação a si mesma.
-      Na auto-importância (auto-relevância), autocompetência e amor próprio. Como a pessoa se sente em relação a si mesma.
-      No comportamento das pessoas, que nos impactam nas nossas experiências, memórias, pensamentos, valores, crenças gerando medos de ser ignorado, humilhado e rejeitado.
Ou seja, os comportamentos em relação à inclusão, controle e abertura que adotamos estão diretamente vinculados ao nosso autoconceito e auto-estima.

4. Comportamento de inclusão e os sentimentos de importância e estar vivo.

Os sentimentos que a pessoa tem em relação a si, os sentimentos que tem em relação aos outros e seus comportamento estão todos conectados. Se a pessoa sente que é importante, fica mais independente em relação aos outros. Se não, tende a pensar que os outros não vão achá-la importante, adotando comportamentos que levam as pessoas a considerá-la sem importância. Quando as pessoas a incluem, se interessam em saber quem ela é, o seu sentimento de importância cresce, assim como a sua auto-estima. Contrariamente, se a pessoa não é incluída e os outros não demonstram interesse por ela, tende a se isolar, dificultando a comunicação e o desenvolvimento de uma maior sinergia do grupo.

5. Comportamento de controle e sentimentos de competência e escolha

Subjacente ao comportamento de controle está a experiência que acompanha o sentimento de sentir-se ou não competente. Competência tem a ver com a habilidade de tomar decisões e resolver problemas. A pessoa se sente competente quando tem capacidade de enfrentar o mundo, satisfazer seus desejos, evitar catástrofes, manter um trabalho, ser auto suficiente, e adquirir bens materiais.
No momento que o indivíduo se sente competente, inteligente, forte, harmonioso é capaz de enfrentar as questões relacionadas com o viver. Quando se sente incompetente, é o oposto: sente-se fraco, impotente e incapaz de enfrentar a vida. Ele precisa de uma grande ajuda e orientação dos outros para enfrentar a vida e assim mesmo se sente inseguro.

6. Comportamento de abertura e o sentimento de ser amado.

Quando a pessoa gosta de si mesma, tem prazer na própria companhia. Sente-se bem em relação ao que é, e se os outros souberem tudo a seu respeito, vão gostar de quem é.



Quando a pessoa não gosta de si, não tem prazer em saber quem é. Tem vergonha de si ou de como se comporta e como se sente. Seus impulsos e desejos são inaceitáveis, e ela acredita que qualquer pessoa que soubesse tudo a seu respeito ficaria revoltada e poderia insultá-la. Em função do quanto ela sente que não é gostada e amada é que experimenta maior ou menor receio e medo em relação à rejeição. Dessa forma, receia que quanto mais as pessoas a conhecem, menos vão gostar dela. Mantendo uma maior distância pessoal e mantendo segredo ela se sente segura, ao menos temporariamente.

sábado, dezembro 18, 2010

WIKILEAKS AND JULIAN ASSANGE: HERÓI OU BANDIDO?





Neste mundo cada vez mais complexo, ambivalente e notavelmente repleto de controvérsias, torna-se difícil identificar claramente quem são os bandidos e quem são os mocinhos  de uma história como esta. Ou se ambos são os mocinhos, ou o contrário. Ou se os papéis alternam-se conforme interesses “top top secret”. Ou se não há mocinhos nem bandidos e trata-se simplesmente de uma filmagem hiper-realista do novíssimo filme de Spielberg , Cameron ou Eastwood. Tudo irá depender do final na identificação do Diretor.
Possivelmente sejamos os culpados dessa indecisão existencial. Jonh Wayne nunca faria tantas perguntas a si mesmo, ele atiraria nos índios e dormiria feliz, por Deus, pela Pátria e pela Coca-Cola ( by the way, a empresa não está pagando pelo comercial gratuito). No entanto, Wayne morreu, embora atualmente tenha sido substituído por “The Jester”, o misterioso e “patriótico” hacker que pirateou o Wikileaks, segundo ele, realizando um trabalho pelas forças do bem contra os inimigos dos Estados Unidos. Mesmo assim, com ou sem bufões, o mundo mudou, nós mudamos.Fizemos muita psicanálise, lemos demasiados livros contando mentiras que iludiram verdades, assistimos cenas atrás dos bastidores. Aprendemos a duvidar. Felizmente.
Assim qual  é a história, oficial, extra-oficial e nada-oficial, ou seja, àquela que ocorreu, mas jamais será confirmada?
Até algumas semanas atrás, poucas pessoas conheciam o nome de Julian Assange. Porém a liberação de 250 mil documentos diplomáticos dos Estados Unidos pelo site Wikileaks, bem como logo após a prisão do seu fundador sob acusação de estupro, tornou o ativista australiano uma celebridade mundial. Inclusive capa-destaque da revista Rolling Stone, sem jamais ter sido músico de qualquer natureza.
Surgem as primeiras perguntas: o natural candidato à mocinho teria o físico clássico, ousadia e coragem, mas não seria políticamente correto? Os partidos se polarizam: existem àqueles que  classificam Assange como terrorista cibernético, uma nova modalidade de “bicho-papão”, depois dos comunistas que devoravam  criancinhas desobedientes. Porém do outro lado, em contrapartida, existem àqueles que fazem o mesmo dito terrorismo cibernético para defendê-lo,  apelidando o rapaz de “Che”. Exageros de um lado, exageros de outro.
Na quinta-feira passada, 16/12, Julian saiu da prisão  em Londres , onde havia permanecido durante nove dias, acusado de estupro por duas mulheres suecas. Nesse caso, o assim chamado estupro(denominado no processo, em francês, “sexe par surprise”) relacionou-se ao fato dele não utilizar, (negando-se ao uso, mesmo considerando as brasileiríssimas de sabores variados, como morango ou chocolate), camisinha durante a relação sexual. Embora a Suécia seja um país considerado bastante liberal no que se refere às práticas sexuais e outros bichos mais, aconselho que antes de qualquer investida mais “calorosa” , seja feita uma leitura detalhada do assunto na legislação vigente. Facilmente podem ocorrer processos e não apenas pelo não-uso de proteção (no caso específico, não-consensual).  Afinal, com esse “sexe par surprise”, nunca se sabe. No dia seguinte a surpresa pode ser bem desagradável para um dos lados.O fato da prisão ocorrer logo após  a divulgação dos documentos comprometedores, e inicialmente tratar-se apenas de um complemento de informações , confirmado pela Interpol, trouxe uma palavra à tona: conspiração.
Dessa forma começaram os rounds da luta que está sendo denominada: L’Empire X Les Barbares Du Net.Nos dias seguintes, um movimento internacional de hackers declarou aberta a Operation Payback (Operação Revanche), para vingar o que consideram perseguição ao homem que está revelando os segredos dos governos mundiais. O grupo atacou sites e serviços dos cartões de crédito Visa e Mastercard, além de bancos e outros fornecedores que romperam contratos com o WikiLeaks após o resultado das suas revelações.
Aqui torna-se muito importante e fator de aprendizagem organizacional, o comentário de que,muitas vezes, as empresas não tem visão estratégica sequer de curto prazo, perdendo excelentes oportunidades de, por exemplo, não fazer absolutamente nada. Esta guerra não era delas e sim dos governos. Demonstrar aberta e rapidamente tanta “lealdade”, ainda mais quando estamos falando de documentos que comprovam mortes ilegais, compromete de forma inequívoca estas corporações mediante o público, bastante mais forte do que qualquer documento que o Wikileaks pudesse apresentar.
Estaria faltando  Assessoria de Inteligência Estratégica para Visa e Mastercard, citando apenas estes dois como exemplo?
Talvez. Ou realmente os compromissos com os órgãos públicos eram muito grandes e exigiram imediata tomada de ação. No entanto, não há duvidas de que estas corporações irão precisar de uma grande recuperação de imagem junto à população em geral. Em época de conquista dos clientes mais jovens, ainda bastante idealistas, “degolar” seu novo ídolo não foi a melhor política comercial.
Para ilustrar este ponto de vista, até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou mais “jogo de cintura”, saindo em defesa do “rapaz” que “desnuda a diplomacia”. No mesmo dia, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, (vejam só, ex-chefe da KGB russa), também defendeu Assange. No Twitter, o nome de Assange ultrapassou  o astro teen Justin Bieber – segundo a ferramenta Trendistic.
Livre da prisão, mas sob sério risco de ser extraditado para a Suécia e até para os EUA, solução bastante arriscada para ele, Assange espera seu futuro numa mansão de dez quartos no interior do Reino Unido – oferecimento de um apoiador anônimo.
Foi também esta legião de admiradores, como o cineasta americano Michael Moore, que pagou sua fiança, equivalente â R$ 640 mil. Na Alemanha, uma ONG está vendendo camisetas retratando Assange como Che. Enquanto isso,  nos EUA, o líder da oposição republicana no Senado pediu a cabeça de Assange, dizendo que ele é um “terrorista de alta tecnologia”. Tenho dúvidas  de que o senador saiba exatamente o que isso queira dizer, pois se soubesse teria cuidado com a terminologia, uma vez que seu país sempre sustentou a idéia do uso tecnológico “em defesa de outros povos” . Não seria também uma espécie de terrorismo? Ah. mas permitido oficialmente e com transmissão direta pela CNN.
A sociedade parece ter chegado à conclusão de que existe um mocinho, e sobre quem estaria no papel. Nesse caso o Estado necessita dar-se conta, com urgência, de que repressão somente irá gerar mais revolta e aumentar a idolatria de Assange. Davi contra Golias, alguém torceria por Golias???
A guerra de imagens e razões está perdida. Nenhuma acusação suspeita de estupro pode afetar cenas incompreensíveis presenciadas no vídeo Assassinato Colateral, disponível no You Tube, sobre execuções realizadas no Irã. Nenhum ser humano pode ver isso e acreditar em quebra da segurança nacional ou de sigilo diplomático.
Nenhum ser humano pode ver isso sem pensar em bandidos e mocinhos.
Inteligência, muitas vezes, é aprender a recuar, “Uncle Sam”. Nossa eterna cegueira morreu junto com Saramago e certamente, agora e sempre, nosso livro de cabeceira chama-se:
ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ
Antes tarde do que nunca.



US-Sino Currency Rap Battle

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Inside WikiLeaks' Bunker

Inside WikiLeaks' Bunker


Parceiros-Consulting mostra imagens de um dos assuntos mais polêmicos do momento:
The WikiLeak's Bunker, onde vivia Julian Assange, atualmente preso.
Este debate, passando por questões éticas, ideológicas e morais, deve ocorrer dentro das organizações, pois elas também , em menor ou maior grau, tem seus segredos e seu nível de confidencialidade. Como gerenciar seus riscos?

Várias perguntas podem ser feitas:

- Até onde segredos devem ser guardados?
- Em nome da "democracia", crimes podem ser cometidos?
- Por outro lado, revelações importantes foram feitas somente como vingança ou forma de pressão, caso contrário também teriam sido silenciadas ou usadas para outros fins?

Penso que temos muitas reflexões a fazer, enquanto cidadãos, em todos os níveis da sociedade.

UMA AULA DE MAU ATENDIMENTO

DÉBAT SUR LA GOUVERNANCE DE DONNÉES

domingo, dezembro 12, 2010

VOCABULÁRIO CORPORATIVO






By PARCEIROS-CONSULTING

Você sabe o que a palavra stakeholders significa? E turnover? E corporate purpose?

E CEO, CIO e CLO?

Essas e muitas outras palavras fazem parte do vocabulário corporativo, seja no
âmbito público ou privado, e saber os seus significados é fundamental para compreender o mundo dos negócios. Fique por dentro de alguns dos termos mais usados do “dicionário corporativês”.

Absenteísmo
Falta constante ao trabalho, por parte do colaborador, ou sua ausência devido a problemas de saúde

Approach
Abordagem

Avaliação 180 graus
É um modelo intermediário ao 360 graus. Com ele, não há avaliação dos colaboradores, mas apenas dos pares, clientes e chefe

Avaliação 360 graus
Sistema usado para medir o desempenho, em que o colaborador não é submetido somente à
avaliação do chefe imediato, mas à dos colegas de trabalho, equipe e até de clientes
da empresa

B2B
Sigla fonética de "business to business". É o comércio eletrônico entre empresas. Trata-se de um mercado sem a participação do consumidor

B2C
Business to customer, a empresa que vende diretamente para o consumidor via internet

Benchmark
Parâmetros de excelência, exemplos de coisas boas

Board
Conselho diretor

Bônus
Premiação em dinheiro concedida aos funcionários

Brainstorm: literalmente, significa "tempestade cerebral". É uma reunião para se fazer exatamente isso: trocar idéias

Branding
É a construção da marca de uma empresa, produto ou pessoa

Break even point
O momento a partir do qual custos e receitas de um negócio se equilibram

Breakthrough
Trata-se de um avanço em determinada área

Broad band
Banda larga

Budget
Orçamento

Business Plan
Plano de negócios

BUMO
Sigla de Brand Used Most Often - refere à marca ou produto mais utilizado, ou mais
frequente.

Buying in
Compra (de uma empresa, por exemplo)

C2C
Customer to customer - venda de cliente para cliente. Ex: site Mercado Livre

Case
Estudo de caso, normalmente abordado em empresas

Cash
Dinheiro vivo

CEO - chief executive officer
É o cargo mais alto da empresa. É chamado também de presidente, principal executivo,
diretor geral, entre outros. Quando existe um presidente e um CEO, o primeiro é mais forte

CFO - chief financial officer
Um nome mais sofisticado para diretor de finanças

Chairman
Presidente do conselho que dirige a empresa

CHRO - chief human resources officer
É o cargo de diretor de recursos humanos

CIO - chief information officer
Responsável pelo planejamento e estratégia por trás da tecnologia. Pode ser também chief imagination officer, termo criado pela fabricante americana de computadores Gateway. É responsável por promover a criatividade entre o pessoal

CKO - chief knowledge officer
É o gestor do capital intelectual da companhia. As atribuições vão desde a definição da arquitetura das informações e de seu fluxo até onde arquivá-las e como recuperá-las

Clima organizacional
É o ambiente interno de uma empresa. Para avaliá-lo são considerados, entre vários itens,liderança na companhia,motivação para o trabalho,possibilidades de crescimento
profissional, enfim,satisfações e insatisfações dos funcionários

CLO - chief learning officer
Responsável por administrar o capital intelectual. Ele precisa reunir e gerenciar todo o conhecimento da organização

CMMC
Capacity maturity model, recurso para desenvolvimento de software

CMO - chief marketing officer
A função é um pouco mais complexa que a diretoria de marketing. Em algumas empresas, o CMO acumula ainda a diretoria comercial e, em outras, a área de novos negócios

Coaching
Sessões de aconselhamento feitas por um consultor de carreira que acompanha e se envolve no desenvolvimento contínuo do profissional. Serve para promover mudanças de
comportamento no funcionário, para que ele atinja novos objetivos

Commodity
Produto primário, geralmente com grande participação no comércio internacional

Compliance
Agir de acordo com uma regra, um pedido ou um comando. Através das atividades de
compliance, qualquer possível desvio em relação a política de investimento dos produtos é identificado e evitado. Assim, os investidores têm a segurança de que suas aplicações serão geridas segundo as diretrizes estabelecidas

Consumer Relationship Management
Gerenciamento das relações com o cliente

Consumer Understanding
Conhecimento profundo a respeito dos clientes

COO - chief operating officer
Executivo chefe de operações. Geralmente o braço direito dos CEOs

Core business
Negócio principal da empresa

Corporate purpose
Objetivo da empresa

Counseling
Aconselhamento de carreira. É uma espécie de terapia profissional, que discute, entre
outras coisas, os objetivos pessoais e futuros, estilo gerencial do executivo, nível cultural,valores e conhecimento do mercado. O objetivo é avaliar isso para ajudar o
profissional a tomar melhores decisões para sua carreira

Country-manager
Diretor-geral para o país

CRO - chief risk officer
Além de gerenciar o risco nas operações financeiras, o CRO também é responsável por
analisar as estratégias do negócio, concorrência e legislação

CSO - chief security officer
Profissional que tem a missão de identificar fontes internas e externas de recursos para desenvolver projetos de tecnologia

CTO - chief technology officer
Existe uma confusão muito grande. Geralmente o CTO comanda a infra-estrutura da área de tecnologia. Enquanto o CIO o seu uso estratégico

Data-base marketing
Marketing baseado em banco de dados de nomes e pessoas, para quem você dirige
mensagens de interesse de sua empresa

Deadline
Data limite. Data, dia ou hora, em que alguma coisa precisa ser dada como terminada ou liquidada

Downsizing
Redução no número de funcionários da empresa

Dumping
Dumping é uma prática comercial, geralmente desleal, que consiste em uma ou mais
empresas de um país venderem seus produtos por preços extraordinariamente baixos
(muitas vezes com preços de venda inferiores ao preço de produção) por um tempo,
visando prejudicar e eliminar uma concorrência local, passando então a dominar o mercado e forçando preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando objetivamente comprovado

EBITDA
Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization - ganhos antes dos
pagamentos de juros, impostos, depreciação e amortização. O termo é seguido por um
número que representa os ganhos da empresa em um determinado período,permitindo,
portanto, análise da performance financeira de tal empresa

Educação Continuada
Cursos de aperfeiçoamento referentes à atividade do funcionário. Pode incluir pós-graduação, mestrado e doutorado

Empowerment
Este termo surgiu nos anos 80 e se refere às situações em que os chefes devem decidir um pouco menos e os subordinados um pouco mais

Endomarketing
É uma área diretamente ligada à comunicação interna, que une técnicas de marketing aos conceitos de recursos humanos

Entrepreneur
Empresário

Expertise
Conhecimento técnico

ERPs
Sistemas de gestão empresariais

Factoring
Prática de algumas empresas que consiste em comprar cheques pré-datados de lojistas
cobrando comissão pelos mesmos

Feedback
É uma conversa entre o líder e o liderado, com caráter de retorno, sobre os
acertos e erros de cada um, ou de um deles. Também pode ser entre pares.

Fine tuning
Sintonia fina, calibragem

Follow-up
Dar prosseguimento a uma discussão ou debate, retomando temas para atingir soluções.
Também pode significar revisão das tarefas que foram geradas após uma reunião ou
auditoria, quando os prazos para realização foram esgotados

Forecast
Previsão

Gap
Intervalo

Hands-on
Com participação ativa

Headcount
Número de pessoas que trabalham em determinada equipe ou empresa

Headhunter
Caça-talentos do mundo corporativo

In-loco
No lugar em que determinada coisa acontece

Inclusão digital
É dar condições para que um número cada vez maior de pessoas possa ter acesso a novas
tecnologias, entre elas internet

Inclusão social
É a forma de trazer para a sociedade pessoas que foram excluídas dela e estavam privadas de seus direitos, como os portadores de deficiência física

Income
Renda

Income Tax
Imposto de renda

Intranet
Rede de comunicação interna e exclusiva das empresas

Intrapreneur (não confundir com entrepreneur)
Empreendedor interno, pessoa que dirige uma unidade do negócio como se ela fosse uma
empresa independente

Job rotation
Rodízio de funções promovido pela empresa, para que o funcionário possa adquirir novos conhecimentos em setores diferentes e acumular experiências, sem sair da companhia em que trabalha

Join Venture
Associação de empresas para explorar determinado negócio. De caráter não definitivo,
nenhuma das empresas participantes perde sua personalidade jurídica

Kick-off
Dar o primeiro passo, começar

Know-how
Conhecimento

L.L.M
Master of Laws, mestrado em direito

Market share
Fatia de mercado

Markup
É um sobre-preço acrescentado ao preço final do produto (digamos, após custo de produção, distribuição e margem de lucro prevista)

MBA in company
MBA oferecido pela empresa dentro de seu próprio espaço físico

MBAS
Sigla em inglês para Master in Business Administration. É um curso que equivale à pós-graduação em administração de empresas

Mentoring
Profissional mais velho, com experiência e habilidade de relacionamento, que acompanha e passa para o mais novo suas idéias sobre o trabalho e a carreira

Merchandising
Prática de marketing na qual a marca ou a imagem de um produto ou serviço é utilizada
para vender outro, destacando-o da concorrência, isto acontecendo no ponto de venda
(PDV). Merchandising é a ação que usa a comunicação de marketing no ponto
de venda e em espaços editoriais na televisão, mídia[media] impressa e outros, para
reforçar mensagens publicitárias feitas anteriormente, ou mesmo em substituição à
publicidade, em alguns casos.

Nepotismo
Favorecimento de parentes próximos feito por quem tem autoridade e poder

Networking
Construir uma boa rede de relacionamentos, geralmente em sua área de atuação

Newsletter
Boletim de notícias

Outplacement
Serviço oferecido e pago pela empresa, que consiste no aconselhamento, apoio, orientação e estímulo ao profissional demitido, preparando-o técnica e psicologicamente para se recolocar no mercado de trabalho, bem como para o planejamento de sua carreira

Outsourcing
Terceirização

Overhead
Despesas operacionais

Performance
Palavra inglesa que significa atuação e desempenho

Player
Empresa que está desempenhando algum papel em um mercado ou negociação.

Presenteísmo
Diferente do absenteísmo, quem tem este mal não falta ao trabalho, mas ao final de todos os dias sofre com dores de cabeça, cansaço, dores nas costas, irritação, sinusite e alergias - com isso, a produtividade e a motivação é que deixam de aparecer

Pro forma
Apenas por formalidade

Reengenharia
Mudança nos processo internos de uma empresa

Responsabilidade Social
Atuação e consciência do papel das empresas como agentes sociais no desenvolvimento do ser humano e da comunidade à qual está inserido

ROI
Return of Investiment - Tempo necessário para o retorno do investimento

Sales manager
Gerente de vendas

Sinergia
Ação positiva e simultânea de um grupo de pessoas na realização de uma atividade

SkillH
Habilidade

Spread
Taxa de risco

Stakeholders
Partes / grupos que estão diretamente interessadas na atividade da empresa: Acionistas,governo, clientes, funcionários, fornecedores e sociedade

Start up
Início da operação

Stand-by
No aguardo

Status-quo
Situação atual do ambiente interno da empresa, principalmente no que diz respeito aos
processos internos.

Supply chain management
Gerenciamento de cadeia de abastecimento

Target
Alvo

TI
Sigla de tecnologia da informação

Top of Mind
Refere-se a marca ou produto mais lembrado espontaneamente

Trend
Tendência

Turnover
Rotatividade de funcionários dentro de uma empresa, medida pela média de pessoal que se mantém fixa na companhia

Workaholic
Pessoa viciada em trabalho

Workshop
Treinamento em grupo de acordo com a técnica dominada pelo instrutor, que visa ao
aprendizado de novas práticas para o trabalho

quinta-feira, dezembro 09, 2010

ELEMENTOS DA CULTURA ORGANIZACIONAL










POR ANGELA PIERUCCINI


Valores

O conceito de valor dentro da organização refere-se às metas conquistadas pelos seus membros, tais como: importância do consumidor, alto padrão de desempenho, qualidade e inovação, importância da motivação intrínseca. Esses valores formulam o padrão de comportamento que influencia no sucesso da organização.

Crenças e Pressupostos

As crenças aparecem como uma característica da mente humana. No conceito popular,crença é aquilo que se tem como verdade e nem sempre tem apresenta uma base científica para ser explicada. As crenças nas empresas de alto padrão são fatores como ser o melhor, pessoas enquanto indivíduos, assistência e qualidades superiores, membros inovadores, formalidade como um estímulo à comunicação, lucro e crescimento econômico. Essas crenças são importantes para gestores de sucesso.

Ritos, Rituais e Cerimônias

As organizações realizam, em sua maioria, confraternizações e trocas de presentes entre seus funcionários. Um ritual importante para valorizar a cultura da empresa. FLEURY (1990) sugere que a partir da comparação entre ritos das sociedades tribais com os da realidade organizacional, pode-se identificar seis tipos de ritos:

Ritos de:

Passagem – podem ser exemplificados como o processo de introdução e treinamento inicial,

Degradação – a demissão e substituição de um alto executivo;
Confirmação – seminários que são realizados para reforçar a identidade social e poder de coesão;

Reprodução – atividades de desenvolvimento organizacional;

Redução de conflito – processos de negociação coletiva;

Integração – festas realizadas em datas comemorativas, por exemplo: natal.

Estórias Mitos e Heróis

Estórias são narrativas baseadas em eventos ocorridos, que reforçam o comportamento e informam sobre a organização. As organizações de sucesso refletem-se nas suas ações administrativas bem-sucedidas que ficam para a história. O inverso também é verdadeiro.
Um valor que parece aflorar de forma mais consciente nas histórias é o da coragem, (FLEURY, 1987). Ela está relacionada como valor que deve ser trabalhado em todos os membros da organização e em todos os níveis hierárquicos. Estórias de heróis e anti-heróis são relatados em depoimentos e não documentos oficiais. A biografia do mito pode ser registrada em jornais e documentos da empresa.

NORMAS DE GRUPO

Regras implícitas ou explícitas, criadas pelo grupo (organização), e que determinam o comportamento dos indivíduos.
No nascimento dessas normas torna-se necessário o conhecimento dos seus elementos culturais, levando em consideração o componente humano, pois estas são padrões advindos da cultura organizacional, e, em conseqüência, estabelecidos ao longo da história da empresa, sendo “obedecidos” individualmente, independente do seu valor positivo ou negativo.
As normas explícitas são formais e expressas de maneira totalmente clara, levando as pessoas para uma adaptação consciente. Exemplo: manuais, estatutos, regulamentos, etc...Em uma analogia feita entre “luz” e “sombra”, as normas explícitas permancem na luz e assim são percebidas por todos.
As normas implícitas são informais e não expressas de maneira clara, levando as pessoas para uma adaptação inconsciente às mesmas. No entanto sua força é igual ou até mesmo maior do que as normas explícitas. Conforme analogia anterior, as normas implícitas permanecem na sombra, e embora os indivíduos atuem de acordo com elas, não ficam claras e percebidas por todos como as explícitas. Ex: Estilo de liderança predominante na organização, forma de gerenciamento das decisões, dos conflitos, etc...
Quando a organização possui muitas normas implícitas, pode tornar-se mais ineficiente e burocratizada, com processos lentos e até inoperantes em alguns casos. Existe a necessidade de explicitar esses conteúdos, tomando a decisão de modificar o que não estiver facilitando a performance das equipes/setores.

segunda-feira, novembro 29, 2010

OS DONOS DA GUERRA, por Angela Pieruccini






Possivelmente o Rio de Janeiro nesse momento simbolize uma das maiores feridas abertas do nosso país: os resultados da corrupção em todos os níveis, incluindo os mais altos escalões do governo, assim como um comportamento recorrente da sociedade civil brasileira: ora passiva e sem memória diante dos fatos, ora ingênua e sem crítica diante de imagens abertamente sensacionalistas. Falta apenas cantar o Hino Nacional antes de subir o morro, fazendo justiça entre balas de fuzil e aplausos comovidos da mídia. Protegida, evidentemente.
Assim nascem os heróis. O Governador Sérgio Cabral e o BOPE, tropa de elite da polícia carioca. Esses seriam os “mocinhos”. Os “bandidos”? Traficantes de drogas residentes nas favelas, geralmente pobres, normalmente negros (essa palavra é proibida?), ou seja, somente a ponta do iceberg.
Violentos? Os dois lados, não há mocinhos e bandidos numa Guerra Civil. Existe apenas terror e morte. Isso tornou-se absolutamente necessário? Não sei, contudo o exercício de pensar não é um exercício desprezível, bastando um pouco, somente um pouco de reflexão.
Quem seriam de fato os mocinhos e os bandidos, uma vez que até ontem as armas dos traficantes eram fornecidas pela própria polícia e inclusive pelo exército? Estatisticamente está comprovado: 90% das armas usadas no narcotráfico são nacionais. Não está óbvio qual é a sua origem? Assim como a mesma obviedade garante que isso estava reconhecido pelas devidas autoridades, normalmente responsáveis pela segurança da população e não o contrário. Delegados, Políticos, Secretários de Segurança, Prefeitos, Governadores. Ainda mais alto? Quem sabe.
Seguindo na linha de raciocínio, onde estão as prisões dos verdadeiros líderes do crime organizado? Estes nunca estiveram dentro do Morro do Alemão ou no Vidigal, ainda menos em Bangu I, II, III...ad infinitum. Ah, não. Coberturas no Leblon ou Ipanema, Mansões no Lago Sul de Brasília, talvez Estados Unidos da América. O mundo não tem fronteiras quando o colarinho é branco e a fortuna imensa, embora manchada de sangue. Para estes também vai ser apontado o fuzil, enquanto eles rezam o último pai-nosso? E os vereadores, deputados e senadores, ou seja, os membros do legislativo financiados pelo Elias Maluco ou Fernandinho Beira-Mar, cada qual a seu tempo? Não estou presenciando esta sequência post-mortem televisionada, verdadeiro indício de mudanças.
Se tudo fosse absurdamente simples de ser solucionado, como mostrado em menos de uma semana, o que estiveram fazendo nossos governantes, inclusive o último, mantendo toda uma população em estado de terror permanente, sofrendo tortura e assassinato de inocentes dia após dia, ano após ano? Se tudo fosse absurdamente simples, ninguém merecia aplausos, e sim no mínimo tornar-se inelegíveis, pelo tempo onde nada fizeram, pelos interesses ocultos na situação, pelas vidas humanas desperdiçadas. Porque até então, não era conveniente a solução.
De repente, e de forma estranha logo após uma eleição presidencial, tudo tornou-se absurdamente simples. E minha sensação é de estar num circo mambembe, fazendo parte de um espetáculo de quinta categoria. No papel de palhaço. Mas um palhaço de sorriso amargo, que deixa um fio de lágrimas borrar toda a maquiagem. Pensando no jornalista brutalmente assassinado porque foi “impossível” achar seu cativeiro naquele momento, Agora parecem achar até o que nunca existiu. Pensando nas balas perdidas ceifando gente e mais gente, enquanto estes mesmos governantes gritavam nos jornais que não havia soluções. Agora havia soluções. Pensando nos chefes do Comando Vermelho, Terceiro Comando, etc...liderando “arrastões” desde o interior dos presídios. Com a conivência de todos, se piscar, até de Jesus Cristo e os Apóstolos.
O sistema sempre alimentou esta guerra, pois as mesmas autoridades agora posando para fotos cinematográficas, sempre puderam fazer o que agora foi feito. Se isso ocorreu, o próprio sistema assim decretou. Mas com limites, nada de subir até onde estão os verdadeiros mandantes, os verdadeiros milionários da droga. Basta a favela, as câmarasde tv e um batalhão saído dos filmes de “Rambo, Programado Para Matar”. Chega para o povo e para os turistas que necessitam vir na Copa e nas Olímpiadas.
Contudo, agora é nossa responsabilidade fazer subir, tornar o teatro uma peça real. Senão a tendência será uma “falsa”paz por um período breve de tempo, até tudo recomeçar. Quando a raiz não é cortada, todas as árvores renascem. Em maior ou menor tempo.
É nossa responsabilidade tirar o dominó de palhaço. Pode ser que assim, finalmente, sejamos respeitados.

Kesselman.avi

quarta-feira, setembro 22, 2010

LOST: A SÉRIE












Lost foi uma premiada série de televisão americana do gênero Drama e Ficção Científica, que acompanhou a vida dos sobreviventes de um acidente aéreo numa misteriosa ilha tropical, após o avião que viajavam de Sydney, Austrália, para Los Angeles, Estados Unidos,cair em algum lugar remoto do Oceano Pacífico.
A série teve um estilo único que seguia dois tipos de histórias não ligadas entre si: primeiro, a luta dos 48 sobreviventes do desastre para sobreviver e viver juntos na ilha, e segundo, a vida das personagens principais antes do desastre, através de retrospectivas pessoais, flashbacks, flashforwards e flash side-ways.
Lost foi criada por Jeffrey Lieber, J. J. Abrams e Damon Lindelof e filmada em Oahu, Havaí. O episódio piloto foi ao ar nos EUA em 22 de setembro de 2004. Lost foi produzida pela ABC Studios, Bad Robot Productions e Grass Skirt Productions, sendo exibida pela Rede ABC em seu país de origem. A música incidental foi criada por Michael Giacchino. Os produtores executivos são Abrams, Lindelof, Carlton Cuse, Jack Bender, Jeff Pinkner e Bryan Burk. Pelo seu vasto elenco e os custos das filmagens no Havaí, a série foi uma das mais caras produzidas até hoje.
Sucesso de crítica e público, a série teve uma média de 15,5 milhões de espectadores por episódio durante todo seu primeiro ano de exibição, garantindo vários prêmios da indústria audiovisual, incluindo o Award Emmy para Melhor Série televisiva na categoria drama em 2005, melhor série americana importada na Academia Britânica de Prêmios Televisivos também em 2005 e o Golden Globe Award para Melhor Série (drama) em 2006.
A série foi logo agregada à cultura pop americana, por ser um fenômeno que fascina cada vez mais espectadores e mídias externas, como comerciais,revistas em quadrinhos, webcomics, revistas de humor e canções populares. O universo ficcional da série foi explorado também através de novelas e jogos de realidade alternativa, com o Lost Experience e o Find 815.
Em maio de 2007 foi anunciado que Lost continuaria com a quarta, quinta e sexta temporadas, concluindo com o 121º episódio produzido em Maio de 2010. As três últimas temporadas consistiriam de apenas 16 episódios, exibidos semanalmente sem interrupções ou reprises.No entanto, devido à Greve dos roteiristas dos EUA, a quarta temporada foi encurtada para 14 episódios, incluindo o episódio final de três horas (exibido em diferentes noites para não coincidir com os términos das temporadas de Ugly Betty e Grey's Anatomy). A quarta temporada estreou no dia 31 de janeiro de 2008 nos Estados Unidos e terminou no dia 29 de Maio. Uma outra consequência da greve foi a decisão da ABC de prolongar o final das duas temporadas de Lost, adicionando um décimo sétimo episódio em cada uma delas.
Lost acabou em sua sexta temporada, contabilizando um total de 121 episódios,com seu último episódio exibido no dia 23 de maio de 2010.
A sexta temporada teve os 18 episódios previstos inicialmente.

EPISÓDIOS E ESTRUTURA DA SÉRIE

Cada episódio começava geralmente com um cold open — uma técnica usada em televisão e cinema, que consiste em saltar diretamente para a história, no início ou abertura do programa, antes mesmo da sequência de títulos e créditos ser apresentada — precedidos por uma revisão do que aconteceu nos episódios anteriores,dando segmento para a narrativa seguinte.
Numa conjuntura dramática, a tela fica preta e o título do programa ligeiramente desfocado, vai aproximando-se do espectador, ficando cada vez mais nítido ao mesmo tempo que se faz acompanhar por um som discordante e ameaçador (esta abertura é a da transmissão original, em outros países ela pode ser diferente).
Enquanto há uma continuidade geral da história, os eventos na ilha vão sendo intercalados, frequentemente, com histórias paralelas através dos flashbacks (a partir de determinado momento também flashforwards) que expandem a história de determinados personagens em cada episódio. Os flashbacks mostram um pouco da vida de cada um dos mesmos antes do acidente, ajudando a desvendar alguns mistérios no desenrolar da história. Os flashforwards mostram o futuro destes mesmos personagens, quando os mesmos deixaram a ilha. E os flash side-ways, até o último episódio da série, todos achavam que mostrava o que aconteceria com os personagens se eles nunca tivessem ido até à ilha, mas é revelado que na verdade eles mostram um plano espiritual, que os personagens criaram para se encontrar um com o outro após a morte.

Muitos episódios começaram, assim como o primeiro, com alguma pessoa abrindo seu olho. A partir da segunda temporada, existem closes não só no começo, como também no meio do episódio. Já o último episódio de Lost , The End, é finalizado com o olho de Jack se fechando, encerrando a série. Alguns episódios terminam com uma reviravolta inesperada, repleta de suspense e tensão, revelada apenas segundos antes da imagem ser cortada e tudo ficar negro, aparecendo novamente o letreiro "Lost", mas agora mais nítido. Outros, os que incluem uma resolução para o enredo, terminam com uma cena final de reflexão acompanhada do corte para o letreiro.

ELENCO E PERSONAGENS


Ator Personagem Duração
Adewale Akinnuoye-Agbaje Mr. Eko 2005-2007
Naveen Andrews Sayid Jarrah 2004-2010
Nestor Carbonell Richard Alpert 2007-2010
Henry Ian Cusick Desmond David Hume 2005-2010
Jeremy Davies Daniel Faraday 2008-2010
Emilie de Ravin Claire Littleton 2004-2010
Michael Emerson Benjamin Linus 2006-2010
Jeff Fahey Frank Lapidus 2008-2010
Matthew Fox Jack Shephard 2004-2010
Jorge Garcia Hugo "Hurley" Reyes 2004-2010
Maggie Grace Shannon Rutherford 2004-2006/2010
Josh Holloway James "Sawyer" Ford 2004-2010
Malcolm David Kelley Walt Lloyd 2004-2010
Daniel Dae Kim Jin-Soo Kwon 2004-2010
Yujin Kim Sun-Hwa Kwon 2004-2010
Ken Leung Miles Straume 2008-2010
Evangeline Lilly Katherine Anne Austen 2004-2010
Rebecca Mader Charlotte Staples Lewis 2008-2010
Dominic Monaghan Charlie Pace 2004-2008/2010
Elizabeth Mitchell Juliet Burke 2006-2010
Terry O'Quinn John Locke 2004-2010
Harold Perrineau Michael Dawson 2004-2006/2008/2010
Michelle Rodriguez Ana-Lucia Cortez 2005-2007/2010
Zuleikha Robinson Ilana 2009-2010
Kiele Sanchez Nikki Fernandez 2006-2007
Rodrigo Santoro Paulo 2006
Ian Somerhalder Boone Carlyle 2004-2006/2010
Cynthia Watros Elizabeth "Libby" Smith 2005-2006/2008/2010


Das 324 pessoas a bordo, inicialmente havia 72 sobreviventes (71 pessoas e 1 cachorro) espalhados pelas três sessões da queda do avião. Na abertura da temporada havia 14 personagens principais,fazendo com que Lost tivesse o segundo maior elenco de uma série de televisão Americana, atrás somente de Desperate Housewives. Quanto maior o elenco, mais cara a produção, mas os escritores se beneficiam de uma maior flexibilidade nas decisões da história. Segundo o produtor executivo da série, Bryan Burk, "Você pode ter maiores interações entre os personagens, criar outros, mais histórias, mais triângulos amorosos."
A temporada inicial tinha 14 grandes papéis creditados na abertura.
Naveen Andrews como o soldado Iraquiano Sayid Jarrah.
Emilie de Ravin interpretando a australiana grávida Claire Littleton.
Matthew Fox como o cirurgião Jack Shephard.
Jorge Garcia como Hugo "Hurley" Reyes, um azarado ganhador da loteria.
Maggie Grace interpretando Shannon Rutherford, uma professora de balé.
Josh Holloway como James "Sawyer" Ford.
Yujin Kim como Sun-Hwa Kwon, filha de um poderoso empresário coreano e mafioso, com Daniel Dae Kim como seu marido Jin-Soo Kwon.
Evangeline Lilly como a fugitiva Kate Austen.
Dominic Monaghan como o ex-rock star drogado Charlie Pace.
Terry O'Quinn interpretando o misterioso John Locke.
Harold Perrineau como o construtor Michael Dawson e Malcolm David Kelley como seu filho, Walt Lloyd.
Ian Somerhalder interpretando Boone Carlyle, COO da empresa de casamentos de sua mãe e meio irmão de Shannon.
O seriado também elimina alguns personagens para dar espaço a novos; Boone foi eliminado na primeira temporada, assim como Walt,sendo sequestrado no último episódio.
A segunda temporada teve a introdução da ex-policial e segurança de aeroporto Ana-Lucía Cortez,interpretada por Michelle Rodriguez, o padre e ex-criminoso Nigeriano Mr. Eko,interpretado por Adewale Akinnuoye-Agbaje e a suposta psicóloga clínica Libby,representada por Cynthia Watros.
Shannon, Ana-Lucia e Libby foram mortas no fim da temporada, assim como Michael que deixou deixou a ilha, juntamente com seu filho.
Na terceira temporada 2 atores que eram secundários na temporada anterior passaram a ter papéis principais: Henry Ian Cusick foi creditado como o Escocês Desmond David Hume e Michael Emerson no papel de Benjamin "Ben" Linus (outrora conhecido como Henry Gale), líder da civilização conhecida pelos sobreviventes como "Outros." No elenco novo, também se encaixavam três novos atores: Elizabeth Mitchell, como a médica de fertilidade Juliet Burke, Kiele Sanchez, como a atriz golpista Nikki Fernandez e Rodrigo Santoro como o cozinheiro brasileiro Paulo. Eko foi eliminado no começo da temporada, Paulo e Nikki próximo ao final dela. Charlie também foi morto no episódio final da terceira temporada.
Na quarta temporada, Harold Perrineau se junta novamente ao elenco principal para reviver Michael Dawson.Juntamente com Perrineau, são apresentados três novos personagens, Jeremy Davies é Daniel Faraday,um físico insano, que assume um particular interesse científico na ilha, Ken Leung como Miles Straume, capaz de se comunicar com os mortos, e Rebecca Mader como Charlotte Staples Lewis,uma determinada antropologista.No final da temporada, Michael Dawson deixa novamente a série, desta vez sendo morto. Juntamente com ele, Emilie de Ravin deixa o elenco, com sua personagem desaparecendo da trama.
Na quinta temporada, nenhum acréscimo é feito ao elenco. Rebecca Mader, intérprete de Charlotte Lewis deixa a série no início da temporada. Jeremy Davies e Elizabeth Mitchell igualmente deixam o elenco, quando seus personagens, Faraday e Juliet morrem no fim da temporada.
Na última temporada,Emilie de Ravin retorna interpretando Claire Littleton. Henry Ian Cusick começa como convidado especial, mas logo retorna em seu papel fixo,Desmond Hume. Nestor Carbonel, Jeff Fahey e Zuleikha Robinson, intérpretes de Richard Alpert, Frank Lapidus e Ilana Verdansky deixam de ser secundários e se juntam aos atores fixos. Nessa mesma última temporada, vários antigos membros do elenco fixo retornam para partipações em alguns episódios, como Dominic Monaghan, Elizabeth Mitchell, Ian Somerhalder, Harold Perrineau, Jeremy Davies, Rebecca Mader, Michelle Rodriguez, Cynthia Watros e Maggie Grace, com seus personagens Charlie Pace, Juliet Burke, Boone Carlyle, Michael Dawson, Daniel Faraday, Charlotte Lewis, Ana-Lucía Cortez, Libby e Shannon Rutherford. Os únicos atores principais que ficam de fora da última temporada são Adewale Akinnuoye-Agbaje, Kiele Sanchez e Rodrigo Santoro.
Há também personagens secundários recorrentes, como o dentista Bernard Nadler (Sam Anderson) e sua esposa portadora de câncer, Rose Henderson (L. Scott Caldwell), que inclusive receberam um episódio central, a francesa Danielle Rousseau (Mira Furlan), o cachorro Vincent (Madison), a paraquedista Naomi Dorrit (Marsha Thomason), o vilão Martin Keamy, interpretado por Kevin Durand, entre outros. Alguns personagens apareceram em flashbacks e na própria ilha, como um grupo de nativos conhecidos por Outros, o pai de Jack e Claire, Christian (John Terry), o empresário Charles Widmore (Alan Dale), o agente federal Edward Mars (Fredric Lehne) a aeromoça Cindy (Kimberley Joseph) e alguns outros mais.

SINOPSE DAS TEMPORADAS

1ª temporada (2004/2005)

A primeira temporada começou a ser transmitida nos Estados Unidos em 22 de Setembro de 2004 composta por 25 episódios.
O vôo 815 da companhia aérea Oceanic Airlines, cai na costa do que aparenta ser uma ilha tropical deserta, forçando um grupo de estranhos a trabalhar em conjunto para se manterem vivos. No entanto, sua sobrevivência é ameaçada por vários mistérios, incluindo uma escotilha metálica enterrada no solo, uma criatura que vaga pela selva e os habitantes da ilha conhecidos como "Os Outros". Os sobreviventes descobrem que um dos seus não é quem parece ser e encontram uma mulher francesa chamada Danielle Rousseau, cuja equipe naufragou há 16 anos.

2ª temporada (2005/2006

A segunda temporada teve 24 episódios e começou a ser transmitida a 22 de setembro de 2005. Um tema recorrente em toda temporada é o conflito entre fé e ciência.
A história continua 44 dias depois da queda do avião. É revelada a existência da misteriosa Dharma Initiative e seu benfeitor, Hanso Foundation. Vários personagens novos aparecem, incluindo os sobreviventes da cauda do avião Ana-Lucía Cortez, Bernard, Libby e Mr. Eko. São igualmente apresentados Desmond,um homem que necessita apertar um botão na escotilha digitando os números maus — 4, 8, 15, 16, 23, 42 — para salvar o mundo, um homem que diz chamar-se Henry Gale, e ainda outros habitantes da ilha. A verdade sobre os "Outros" começa a ser revelada.

3ª temporada (2006/2007)

A terceira temporada teve 23 episódios e estreou em 4 de outubro de 2006.
O público conheceu mais sobre a Iniciativa Dharma e sua ligação com os "Outros". O mundo destas pessoas que viviam na ilha antes da queda do vôo 815 e seus mistérios é explorado. Outros temas são o poder de clarividência desenvolvido por Desmond (envolvendo freqüentemente a morte de Charlie) e uma possibilidade real de resgate para os sobreviventes. A temporada incluiu vários novos personagens ao universo da série, como Paulo, interpretado pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro; Juliet Burke, a misteriosa integrante do bando dos Outros; Nikki Fernandez, uma atriz gananciosa que mantinha um relacionamento com Paulo; Naomi Dorrit, uma paraquedista que veio à ilha com interesses desconhecidos, entre outros. Jack faz contato com um navio cargueiro, e todos esperam ser resgatados pelo mesmo.

4ª Temporada (2008)

A quarta temporada foi planejada (antes da greve dos Roteiristas) para ter 16 episódios, iniciando sua transmissão nos Estados Unidos e Canadá no dia 31 de Janeiro de 2008. Devido à greve dos roteristas, a temporada foi concluída com 14 episódios, constituídos de 8 antes da greve e 6 pós-greve, retomados em 24 de Abril nos Estados Unidos. Isso inclui um episódio final de 3 horas de duração denominado "There's no Place Like Home". A primeira parte foi ao ar na quinta-feira do dia 15 de Maio, e as partes 2 e 3, num especial de 2 horas, no dia 29 de Maio.A quarta temporada de Lost difere e muito das outras temporadas, possuindo um "esquema" com mais suspense e mistérios. A narrativa mudou seu foco. Nesta temporada, um navio cargueiro estabelece contato com os sobreviventes com a intenção de resgatá-los, porém no decorrer dos episódios descobrimos que eles não são quem dizem ser, resultando em novos mistérios e conflitos entre os sobreviventes e os falsos salva-vidas. No fim, seis pessoas conseguem sair da ilha. Vale salientar que foi nesta temporada que terminaram os flashbacks, dando lugar às visões do futuro de alguns personagens.

5ª Temporada (2009)

Nesta temporada, os sobreviventes vivem experiências catastróficas com o tempo e os seis da Oceanic que saíram da ilha no final da quarta temporada precisam voltar. Jin está vivo e descobrimos como Rousseau chegou à ilha, Ben divide-se ainda mais mostrando um outro caráter.
Kate está com problemas em relação à Aaron, querem tirá-lo dela, mas na verdade se trata apenas de uma armadilha de Ben para convencê-la a voltar para a ilha. Locke parte em missão para buscar os seis da Oceanic. Começamos a descobrir relações entre o pessoal do cargueiro e a Iniciativa Dharma. Locke é assassinado por Ben em Los Angeles. Os sobreviventes agora fazem parte da iniciativa Dharma de 1977.Sun está em 2007 com Frank Lapidus e Ben. Mais sobreviventes estão na ilha, resultado de outro acidente aéreo, que trouxe os Oceanic six de volta à ilha, sob o comando de Ben, já que Locke foi assassinado por ele. Parte do grupo volta no tempo, para 1977, onde se integram à Iniciativa Dharma. Os demais permanecem em 2007, inclusive "Locke". O Inimigo de Jacob se materializa como Locke e engana todos para conseguir convencer Ben a matar Jacob. A identidade de Jacob é revelada. Ilana, Bram, Lapidus e os seguidores de Jacob revelam à Richard, Sun e aos Outros o verdadeiro John Locke, morto dentro de uma caixa encontrada no compartimento de carga do avião. Logo após o assassinato de Jacob, a temporada termina com Juliet explodindo uma bomba de hidrogênio após ser sugada pela energia da Estação Cisne. Após a explosão, a tela fica branca e o letreiro de Lost vai ficando mais nítido com o passar dos segundos, terminando o episódio.

6ª temporada (2010)

A trama da sexta e última temporada de Lost se baseia no confronto final entre o bem e o Mal, representados pelas figuras de Jacob e de seu irmão gêmeo, conhecido como "Homem de Preto". Os agora poucos sobreviventes da queda do voo Oceanic 815 são diretamente influenciados à tomar partido nesta batalha iminente que vai definir o futuro da ilha.
O objetivo de Jacob é proteger a ilha e a luz interna que a mantém "viva", portanto, recrutou candidatos ao redor do mundo ao longo de centenas de anos, trazendo os mesmos à ilha para que um deles assuma seu posto após sua morte, continuando a deter o "Homem de Preto", que deseja apagar essa luz(o que causaria sua destruição) e fugir dela para um mundo além do oceano. Dentre centenas de candidatos escolhidos por Jacob, apenas cinco estão vivos após sua morte: Jack Shepard, James "Sawyer" Ford, Sayid Hassan Jarrah, Hugo "Hurley" Reyes e Katherine Anne Austen (todos sobreviventes da queda do voo 815), cabendo a um deles substituí-lo.
Além de contar com o auxílio dos tradicionais flashbacks, a sexta temporada inovou com os flashsideways, eventos que acontecem numa realidade onde todos os losties já estão mortos e vão se relembrando das coisas que viveram juntos, na medida em que vão se encontrando. Nesta realidade post-mortem, os losties tiveram a chance de redimir os erros cometidos em vida e quando o fizeram, encontraram a paz e a luz junto com as pessoas que mais tiveram importância em suas vidas: àquelas com quem estiveram na ilha.
O derradeiro episódio de Lost, intitulado "The End", dividiu a opinião dos fãs da série, ao deixar sem resposta muitos mistérios propostos ao longo de seis anos para focar apenas em seus personagens, comprovando definitivamente que Lost é uma série que fala sobre pessoas e suas diversas relações, utilizando elementos mistícos e enigmáticos como meio de conduzir estas pessoas à lugares e situações diversas para que descubram mais sobre seu próprio eu e sua própria redenção.