DIRETORES ASSOCIADOS

Angela Pieruccini
pieruccini@parceiros-consulting.com
Emmanual Gavache
gavache@parceiros-consulting.com

RECOMENDADOS : VÍDEOS

COOL RUNNING, JAMAICA ABAIXO DE ZERO

Através de uma história baseada em fatos reais, da primeira participação de uma equipe jamaicana nos Jogos Olímpicos de Inverno, este filme mostra, sob forma de comédia, a construção de uma Equipe.
De um grupo assincrônico, atrapalhado e não comprometido, até um verdadeiro time que faz da derrota uma vitória, o filme mostra todas as fases de desenvolvimento de uma equipe, inclusive o papel do técnico/gestor, para essa transformação.
Destaque para a cena final, que simboliza de forma esplêndida o que um verdadeiro time pode fazer, mesmo com resultados desfavoráveis.




                                      

THE GLADIATOR, O GLADIADOR

A história de Máximus, Comandante do Exército Romano que termina como gladiador no Coliseu, traz cenas magníficas para uma compreensão do que seja verdadeiramente o exercicio da Liderança. Tanto a batalha inicial contra legiões bárbaras, como a cena onde ele assume a chefia dos gladiadores, praticamente desarmados, contra bigas, leões, lanças, etc..., levando seu grupo à vitória, são "aulas" sobre o verdadeiro papel de um líder.
Excelente enredo e interpretação de Russell Crowe como protagonista, é uma refilmagem de outra película: A Queda do Império Romano, com Stephen Boyd e Sophia Loren, mas é muitissimo melhor que seu original.


                                            

DEAD POETS SOCIETY, SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

O verdadeiro papel de um facilitador de grupo, seja como professor, consultor ou gestor de equipes. O personagem de Robin Williams mostra com perfeição o que significa promover o desenvolvimento pessoas. Promover talentos até então desconhecidos do próprio indivíduo e do seu contexto.
O final é magnífico, deixando claro que, mesmo num sistema extremamente autoritário e opressor, é possível quebrar padrões e deixar sementes, que um dia também irão romper padrões não-saudáveis e bloqueadores da criatividade humana.

                                      

                                      

                                      
                                        
                                      

                                      
                                      
                                        

RAPA-NUI  

Rapa-Nui é um filme de 1994, que faz uma leitura a respeito da vida dos povos que habitaram a Ilha de Páscoa num período anterior à chegada dos europeus. A leitura fica de acordo em boa medida com os estudos acadêmicos sobre a ilha, apesar de alguns anacronismos notórios e da inevitável liberdade tomada pelo diretor em determinados trechos da obra.    

O filme acontece no ano de 1680, quando a ilha ainda estaria dividida em duas classes, os Orelhas Grandes e os Orelhas Pequenas, que eram discriminados pelos primeiros. Anualmente eram selecionados jovens para o reconhecimento do deus Hotu-Matua, um dos protetores da ilha. Jovens de vários clãs dos Orelhas Grandes passavam por uma série de provas, que incluiam descidas de penhascos, nado exaustivo num mar repleto de tubarões, até uma ilhota onde eles deveriam pegar um ovo de uma espécie de pássaro. Quem primeiro retornasse com o ovo do pássaro intacto seria reconhecido como "homem-pássaro", adquirindo regalias perante os demais membros do clã. O filme não abre mão, contudo, de um romance para tornar a trama mais popular. Assim, o direito de possuir a jovem Ramãnna, uma integrante do clã dos Orelhas Pequenas, também entra em jogo durante a disputa dos candidatos a "homem-pássaro". 


Porém o mais importante para quem trabalha com DO e motivo de sua indicação aqui, é a relação de papéis existente entre DOMINANTES (Orelhas Grandes) e DOMINADOS (Orelhas Pequenas). Os primeiros praticamente escravizam os segundos, deixando os mesmos numa posição claramente inferior. No entanto, quando ocorre a guerra no final do filme e invertem os papéis, com os Orelhas Pequenas agora no papel de DOMINANTES, não ocorre nenhuma mudança real de funcionamento, pois estes agora comportam-se exatamente como aqueles anteriormente. Ou seja, não houve uma real mudança, apenas uma nova distribuição de poder.
Esta situação acontece da mesma forma nas empresas,uma vez que os processos de mudança terminam muitas vezes não ocorrendo no nível em que deveriam ocorrer, com os resultados tornando-se "maquiados" durante algum tempo ou até mesmo não acontecendo, devido a uma simples inversão do jogo de papéis. Sem sustentação posterior.




                                                                  


COLCHA DE RETALHOS, How to Make an American Quilt, de Jocelyn Moorhouse


O filme narra as experiências de vida de um grupo de mulheres maduras, que costumam reunir-se a cada ano para confeccionar uma colcha de retalhos. Cada uma delas borda um pedaço de pano que é algo relacionado com seu sentimento.No final elas unem todos os pedaços formando uma linda colcha artesanal, mostrando através desses bordados o momento em que elas eram realmente felizes. Todas essas histórias foram objetos de estudo de tese da mestranda Finn, uma jovem que se encontra dividida entre casar-se com o homem que ama e sua liberdade. Naquele ano em que ela está prestes a se casar com Sam, resolve passar três meses na casa de suas tias Jaci e Gladi (sua avó e tia avó), em uma cidade mais calma. Na casa o grupo de mulheres confecciona uma colcha para presenteá-la, e o tema escolhido por todas elas é “onde mora o amor”. No decorrer do filme, Finn fica conhecendo as histórias e segredos daquelas senhoras, e isto serve para que ela vá, aos poucos, refletindo sobre o que realmente quer de sua vida. No início do filme pode-se observar em uma cena, que foca o desenrolar de um carretel de linha, fazendo uma comparação entre este procedimento e a vida do ser humano: a vida se desenrolando aos poucos, em uma seqüência, exatamente da mesma forma que o rolo de linha. O filme trata em separado a experiência das mulheres e as história são ricas em significação. As primeiras a contar seu segredo é a tia e a avó Jaci Gladi. Ao encontrar-se desesperada pelo fato de seu marido estar á beira da morte, acaba envolvendo-se, com o marido de Gladi. Na mesma cena em que Gladi descobre a traição do marido com a irmã, há uma construção de metáfora: ela quebra tudo o que vê pela frente, recolhendo todos os cacos e fazendo obras de arte nas paredes de sua casa. A próxima história a ser revelada é a de Sofia. Quando jovem, era nadadora e sonhava em seguir carreira, mas um casamento precoce fez com que ela abandonasse tudo. Nesta história pode-se destacar uma antítese: ela era nadadora e ele geólogo, ou seja, ela era água e ele a terra. Há também uma metáfora do laguinho que ele construíra para ela. Compensação por ela ter abandonado a natação. A seguinte é de Em que conta pessoalmente a sua história para Finn. Ela é casada com um artista, um pintor, que a traía muito, desde o início de seu casamento. Neste episódio aparece como símbolo o vermelho, cor em que o artista tenta pintar o retrato de sua musa, mas não consegue, de tão grande a beleza e o desejo que sente por ela. A personagem conta sua história, pronunciando a frase “A fêmea fica no ninho enquanto o macho sai para exibir suas penas”, Faz uma alusão ao machismo e a posição submissa da mulher perante ao marido. Outra narra a Finn que ama seu falecido marido, mas estava fragilizada com a perda e acabou cedendo aos encantos do marido de Em. As últimas a revelar suas histórias são Ana e Mariana (mãe e filha).Neste trecho do filme o símbolo é o corvo que representa a garra e a perseverança da mulher negra; onde Mariana, é uma mulher experiente que viveu em Paris e teve muitos homens, mas aquele que ela realmente quis ela não pode ter. Este homem representa a fidelidade, pois recusou sair com ela porque amava sua esposa. Uma antítese pode ser perfeitamente percebida no que se refere á experiência daquelas mulheres e a sede de Finn em viver intensamente. Antítese relevante diz respeito ás irmãs Gladi e Jaci em oposição a Sofia. Enquanto as primeiras mostram-se alegres e felizes, apesar de tudo, o que lhes aconteceu à segunda mostra-se mal-humorada e infeliz. Outro símbolo que aparece no filme é o morango. Ele representa a paixão proibida e o desejo que envolve Finn e um rapaz do povoado pelo qual ela sentiu-se muito atraída. Também acontece um vendaval que aparece como uma metáfora das idéias da moça.Sua cabeça está confusa principalmente depois da conversa com sua mãe: tudo o que a mãe lhe ensinara, agora, afirmava que estava enganada. Depois do vendaval tudo ficou mais claro para Finn, e também para outras pessoas. Sofia ao sentar-se no laguinho pela primeira vez, começa a encarar a vida com mais alegria, pois procura lembrar-se apenas dos momentos bons que viveu. Em, ao entrar no atelier do marido para proteger-se do vendaval, descobre que era a única mulher que ele realmente amou, pois lá só havia seus retratos. Gladi também quebra todas aquelas paredes com cacos de vidro, significando que passou o ressentimento, ela perdoou sua irmã da traição. No final do filme, sua avó a cobre com a colcha que elas confeccionaram.Ao acordar enrolada pela colcha de retalhos, o corvo aparece novamente e vai guiando-a até a escolha certa:seu verdadeiro amor,Sam. 
O filme todo é uma alegoria de expressão de sentimentos verdadeiros e por outro lado da 
harmonia gerada pelo aparente "caos".Tanto o vendaval provoca consequencias muito positivas, como a união das diferenças de cada uma das mulheres termina por realizar uma colcha lindissima,
Os retalhos se completam e se harmonizam, e o aparente "descontrole" termina por resgatar todas as situações.