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sexta-feira, julho 09, 2010

LEITURA INDISPENSÁVEL:O MEDO Á LIBERDADE, ERICH FROMM



Desde os tempos de estudante nas Universidades de Heidelberg e Munique, Fromm manteve-se fiel à grande tradição humanística da filosofia clássica alemã, acrescentando à mesma uma dimensão psicanalítica.
As preocupações kantianas sobre a melhor forma de convivência social-do Kant que dizia não haver nada mais belo além do céu estrelado sobre nós e da lei moral dentro de nós-são as preocupações de Fromm, em cuja obra o traço ético é tão relevante que, sendo obra de um psicanalista, ela é, simultâneamente, obra de um crítico social e de um expoente da antropologia filosófica.

Testemunha do caos social e do totalitarismo, ele orientou suas atividades científicas para o estudo dos fatores que promovem o aviltamento da condição humana: o levantamento das causas psicológicas que permitem o advento de sociedades adversas ao Homem. Mas não supervaloriza, nesta análise, os dados psicológicos. Mostra que os processos mentais do indivíduo não serão compreendidos senão a partir da investigação da cultura-da realidade social que a deflagra.

Com muita clareza Erich Fromm promove a dissecação de todas as formas sociais e psicossociais que permitem a eclosão do totalitarismo. Procede ao mesmo tempo à análise das estruturas psicológicas do autoritarismo, cujo pressuposto é de que o homem, não sendo intrinsecamente bom, precisa de um tutor: um Führer. Sobre essa tutela o indivíduo passa a sentir-se livre em sentido negativo. A liberdade adquire então o significado da destruição da personalidade.

É esse complexo de sentimentos e atitudes que Fromm designa como O MEDO À LIBERDADE-a mais grave das enfermidades contemporâneas. Na sua radiografia de uma situação de confronto entre o que o homem pode ser, segundo a visão humanística, e as forças que o conduzem ao cultivo dos instintos masoquistas, Erich não se restringe a um diagnóstico. Mostra como na reconquista do sentido humanístico da vida está o caminho que nos afasta do MEDO À LIBERDADE.

Este livro é um ato de fé na grandeza inata do homem.

"Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim?
Se eu for apenas por mim, que serei eu?
Se não agora-quando?"
Ditado Talmúdico

" Nada é, pois, imutável, a não ser os direitos inerentes e inalienáveis do homem".
Thomas Jefferson

P.S: A edição original desse livro é de 1.941, em plena Segunda Guerra Mundial.

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